sábado, 28 de junho de 2008

DIÁRIO DE BORDO

Coimbra, 27 de Junho de 2008

Hoje As Gaivotas conseguiram cativar algumas pessoas que se encontravam em torno do Pátio da Inquisição, a situarem-se no espaço onde espectáculo ia ter início. Entretanto, As Gaivotas saem pelo pátio e cativam várias pessoas a aproximarem-se da área de representação. Há aderência à proposta. Um grupo extenso de pessoas aglomera-se à frente da área de jogo e senta-se. Com o público formado, As Gaivotas iniciam o espectáculo. As pessoas aplaudem, riem e vão seguindo as acções das personagens… Novamente interagem criando som nos momentos musicais e de dança…
É de notar que este processo de aprendizagem leva os actores a estarem em constante criação colectiva… essa aprendizagem, dia-a-dia, vem trazendo novas descobertas, a partir da improvisações… Dia-a-dia, a construção de novos pormenores que reforçam a verdade da realidade ficcional, o precisar cada vez maior das acções e objectivos das personagens, que se tornam mais claros e concretos aos olhos do público que, progressivamente, vai atentando o espectáculo com maior disponibilidade, criando fluida e naturalmente a interacção e comunicação.
O público gosta do espectáculo e aplaude efusivamente os actores. Quando o espectáculo acaba, percebe-se que aconteceu um momento de comunicação, um momento em que se estabeleceu o jogo… e o público aderiu ao jogo… e durante um tempo que deixa de ter a dimensão do real, todos se reúnem e participam em torno da ficção proposta pelos actores…

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