quinta-feira, 19 de junho de 2008

DIÁRIO DE BORDO

Coimbra, 9 de Junho de 2008

Numa nova etapa do processo de criação, os actores desenvolvem situações em que estão evidenciados os conflitos mas prementes para os zanni.
Nestes conflitos individuais, a procura da realização dos seus objectivos é realizada através da acção. Através destas improvisações, os zanni aprofundam os seus lazzi. Estes lazzi individuais enriquecem o jogo colectivo do grupo de zanni, na medida em que dentro do colectivo, cada um descobre a sua individualidade.
Simultaneamente, os conflitos dos zanni tendem a ser simples e universais, conflitos básicos de qualquer ser humano, com os quais nos podemos identificar na sua essência.
Ao nível da forma de expressão, a lógica da linguagem corporal rege qualquer tipo de linguagem verbal que se insira. A expressão corporal tem lugar fundamental, sendo que a palavra não é essencial para a compreensão da acção.
Num outro momento após as improvisações individuais, actores e director artístico, buscam conjuntamente o universo musical dos zanni. Tendo em conta as características e tipo de personagem e com a ajuda dos instrumentos de música, conseguem chegar a uma maior definição do seu universo musical.
Como numa banda, os zanni orquestram os sons que em conjunto se harmonizam. Alegre e ritmadamente, descobrem o leque de sons e ritmos que envolve o mundo dos zanni. Descobrem música com que colectiva e individualmente se expressam.

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